Juntos, mas separados: como casais afastados por causa do isolamento lidam com isso

Juntos, mas separados: como casais afastados por causa do isolamento lidam com isso

  Terça, 14 de abril de 2020

    Saudade. A palavra é usada frequentemente para definir o sentimento nesse período de isolamento social. E repetida com frequência por casais que estão passando por este período de quarentena separados.

    Para Pamela Magalhães, terapeuta de casal e família, para lidar com esse período é importante sempre lembrar que "essa situação é transitória, ela não é permanente".

    "A gente não precisa estar junto fisicamente pra relação dar certo. A gente precisa estar em sintonia, conectados. E a conexão está justamente quando eu penso no outro, o outro pensa em mim, quando eu digo o que sinto e o outro me conta também o que sente. Quando existe reciprocidade."

    "O que une é a intenção, é o desejo de estar, mesmo que nesse momento nós precisemos manter o distanciamento físico."
    Para lidar com a ausência física, os aplicativos com chamadas de voz e vídeo são essenciais.

    "A dica nesse momento é a gente tentar fazer a distância parecer a menor possível. Então vamos fazer conferências, vamos usar tudo o que tem pra usar, vamos usar Zoom, Skype, Facetime, WhatsApp, tudo que é possível, pra pode fazer as pessoas estarem perto", diz Pamela.

    "Então marca cafezinho, um jantar pra bater papo, pra contar a vida. Dá pra gente fazer tudo o que a gente puder e imaginar através desses recursos."
    Pamela cita que é muito importante nesse momento o uso da criatividade e a conversa sobre planos para o futuro, além de resiliência. E propõe algumas ideias:

    Eventos virtuais: marcar encontros juntos, assistir a séries cada um no seu canto, café da manhã, almoço ou jantar para bater papo
    Surpresas ao vivo: manda entregar um presentinho na casa do outro
    Comunicação é essencial: se interessar pelo o que o outro fez, perguntar sobre o dia, dividir experiências, mandar fotos. Tenta conversar sobre coisas boas, falar sobre planos, ter planos. Marquem lá pra frente.
    "Lembrando que não é o ideal, que a gente queria estar junto, namorar, beijar, abraçar. Mas estamos todos fazendo esse movimento, usando dessas ferramentas para o bem geral. Então agora é o momento do pensar coletivo. Eu cuido de mim e cuido do outro."Juntos há seis meses, a jornalista Ana Paula Silva, de 26 anos, e o advogado Rennan Santos, 22, estão há 18 dias sem se encontrar. A saudade já rendeu trocas de depoimentos apaixonados nas redes sociais.

    "A gente se fala o tempo todo por mensagens no WhatsApp e Instagram. Todos os dias à noite fazemos uma ligação por telefone ou Facetime. Nos finais de semana ele me liga, colocamos um filme no Netflix e ficamos assistindo 'juntos', enquanto comentamos o filme."

    "Eu já mandei flores e ovo de Páscoa para a casa dele e ele tem me escrito alguns poemas também", conta Ana, citando as ações do casal para lidar com o período de isolamento.
    "Claro que não é fácil lidar com a distância, mas temos usado essa situação para amadurecer como indivíduos e como casal também. Percebemos que estamos mais compreensivos e pacientes."

    O produtor cultural Jônatas Freitas, de 28 anos, e a jornalista Mayara Stéphane Valença, de 31, estão juntos há 7 anos e meio e, há quase um mês, sem se encontrar.

    "Conversamos todo dia pelas redes sociais, no Instagram, Twitter e WhatsApp. Como não somos muito de chamadas telefônicas, ficamos só na conversa pelas redes mesmo", explica Jônatas.

    Ele diz que o momento de isolamento não gerou nenhum conflito entre o casal:

    "A gente entende que é uma maneira de protegermos um ao outro e também a família dela, que mora junto com ela."
    Nesta quinta-feira (9), a estudante de arquitetura Giovanna Fusaro, de 22 anos, e o estudante de direito Túlio Serri Ciotti, 24, completaram 26 dias sem se encontrar.

    "Nos falamos por vídeo chamada todos os dias: mesmo trabalhando, cozinhando, assistindo a lives, estamos sempre juntos através das telas”, conta Giovanna.

    A estudante acredita que esse período distante fortaleceu ainda mais o relacionamento e não gerou atritos.

    "A saudade é muito grande pra gerar qualquer tipo de conflito. Já estamos longe o suficiente, não precisamos nos afastar mais."

    Os estudantes Isaú Flávio e Maria Angélica namoram há cerca de 3 anos e não se encontram desde 15 de março.

    Para superar a distância causada pelo isolamento, conversam "pelo Whats, chamadas de vídeo". Nesse período, "surgiram algumas discussões leves, mas nada demais", explica Isaú.

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