Ser exemplar na educação dos meus filhos. Provavelmente, este sempre foi, é e continuará a ser o desejo de qualquer pai ou mãe. Possível de realizar? Com certeza que sim. Fácil? Se calhar não. É que isto das relações entre pais e filhos tem muito o que se lhe diga.
Lídia Weber, psicóloga brasileira que há muito trabalha a interação entre pais e filhos diz:“Não há um manual da perfeição, mas atualmente existem respostas claras e precisas sobre como a criança aprende a comportar-se e o que é importante para o desenvolvimento infantil nas interações entre filhos e pais”.
Lídia Weber afirma que é possível aos pais ajudarem os filhos a tornarem-se responsáveis, autônomos, competentes, autoconfiantes e afetivos. Então vêm daí os segredos de uma educação positiva.
Cinco princípios para uma educação positiva:
1. Amor incondicional
“Quanto mais amada uma criança se sente, melhor ela aceita as regras e desenvolve amor e compaixão pelos outros”, revela Lídia Weber. Por isso, ame o seu filho pelo que ele é e não pelo que ele faz. É fundamental fortalecer a autoestima e a capacidade de resiliência da criança.
“O relacionamento é um organismo com vida, portanto, é preciso alimentá-lo, acalentá-lo, fornecer energia, todos os dias”, aconselha a psicóloga. Lembre-se que o seu filho é único e especial e não deve ser comparado com os outros.
2. Conhecer os princípios do comportamento
Lídia Weber afirma que «um mesmo tipo de comportamento pode ter diferentes motivações e consequências em diferentes momentos». Logo, é preciso perceber por que razão uma criança se comporta de maneira errada. “Não ceda e nunca recompense um comportamento negativo como a birra, a manipulação, os gritos, a agressão. Descreva o que o seu filho faz em termos de comportamentos (quando, onde, como, de que maneira) e não de rótulos de personalidade”, adverte.
3. Conhecer o desenvolvimento de uma criança
“Às vezes a criança não tem intenção de se comportar mal, mas acontece”, diz a psicóloga. Os pais devem conhecer os comportamentos e as necessidades próprias de cada idade da criança.
Assim, perceberão que determinado tipo de atitudes são normais consoante a fase em que o filho se encontra. Nem sempre um mau comportamento é uma provocação. Por isso, seja um guia, ensine e não julgue ou condene sempre as atitudes negativas do seu filho.
4. Autoconhecimento
“Conhecer a si mesmo permite que a pessoa tome consciência das suas características individuais e sobre as suas expectativas sobre os seus filhos”, explica a autora. Importa perceber que tipo de pai/mãe é e que práticas educativas parentais usa para disciplinar.
Se é do estilo autoritário (muito limite e pouco afcto), permissivo (pouco limite e muito afeto), negligente (pouco limite e pouco afeto) ou participativo (muito limite e muito afeto). Idealmente, uma boa educação deve incluir, de forma equilibrada, limites e regras, afeto e envolvimento.
5. Comunicação positiva
Procure comunicar de forma positiva e clara com o seu filho, para o ajudar também a expressar os seus sentimentos. Segundo Lidia Weber, existem algumas frases e expressões que deve evitar, tais como “Não, porque não e pronto!” ou “Não tens mesmo jeito para nada”.
Ao invés, use frases e atitudes positivas no seu dia a dia, “acentue sempre o lado positivo, elogie, recompense, mostre entusiasmo, sem exageros ou falsidades, peça desculpa quando necessário for, diga obrigado e se faz favor aos seus filhos”, aconselha.
Fonte: portalraizes.com