Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos

Os países integrantes da ONU se reuniram no Marrocos para debater uma das principais crises humanitárias atuais: a crescente migração. E assinaram um acordo para melhorar a forma como o mundo lida com o problema.

Mas quase 30 países ficaram de fora, entre eles, Austrália e os Estados Unidos - uma demonstração da dificuldade de defender os direitos humanos, mesmo no aniversário da declaração universal.

O direito à migração está na Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 13, parágrafo 2: “Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar”.

Nesta segunda-feira (10), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que os direitos humanos estão ameaçados no mundo todo.

Pelo menos uma vez por ano, líderes mundiais se revezam no púlpito da Assembleia Geral da ONU e os discursos de muitos deles giram em torno dos direitos humanos.

A Assembleia Geral da ONU reúne o mundo inteiro em uma sala. Mas se hoje discussões sobre os direitos humanos têm um palco tão grandioso e importante, logo depois da Segunda Guerra Mundial o cenário era bem diferente.

O mundo vivia sob a sombra do holocausto e de duas bombas atômicas e a recém-criada Organização das Nações Unidas formou uma comissão com um objetivo ambicioso: escrever os princípios para uma nova história, livre de tragédias como essas. Os debates começaram em Nova York. O mundo se dividia na guerra fria e chegar a um consenso era cada vez mais difícil.

Foram dois anos até a aprovação dos 30 artigos na Assembleia Geral da ONU em Paris.

Seres humanos iguais, livres, com direito a saúde, alimentação, vestuário, educação, liberdade religiosa e de expressão. Direito à propriedade, ao trabalho e ao repouso. Veto à escravidão e à tortura.

O documento inspirar ou constituições modernas e é base para acordos internacionais.