Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, a cada 40 segundos acontece um suicídio, a média devastadora chega a quase 1 milhão de vítimas e, no Brasil, segue a estatística, acontece um a cada 45 minutos.
A faixa etária mais atingida é exatamente de 15 aos 29 anos. Por isso, no encontro anual do Dia Nacional da Juventude, da diocese de Paulo Afonso, celebrado na paróquia de Santo Antônio, em Glória, o bispo dom Guido Zendron chamou atenção dos jovens para que eles fiquem atentos aos sinais dos colegas na escola, na comunidade e entre os amigos.
O bispo elogiou a programação do encontro que promoveu luau, canoagem, banhos de rio, musicais, danças, mas sua mensagem à juventude foi de mais compromisso com o próximo, com o jovem periférico, com o jovem doente:
“Eu gostaria que vocês agora pensassem um pouco nos seus colegas jovens, que estão no colégio, nas comunidades, que já abandonaram à igreja, que no clamor do coração deles não encontraram a resposta que nós por acaso encontramos e que procuram a felicidade por outros caminhos; nós não podemos estar aqui e esquecer que eles existem, pois vocês têm nos olhos a face deles; às vezes é uma postura, quantos gritam em silêncio, se cortando, quando não tentam o suicídio, e também o clamor dos que são materialmente pobres, sempre em grande número em nossas comunidades”, pediu o bispo.
“Jesus Cristo não é só Aquele que encontramos em tudo: luau, caminhada, canoagem, fé… Como eu gostaria que vocês organizem um novenário com esse sentido, de vê-los nas praças, não precisa de trio nem ficar de joelhos, porque Jesus respondia indo ao encontro, e muitas vezes nem chamava, mas o que o viam diziam ‘quem não podiam mais viver sem a presença desse homem, por isso a grande beleza do DNJ é colocar a vida em movimento”, sugeriu dom Guido.
Dom Guido finalizou sua mensagem dizendo que os jovens enchiam o clero de alegria: “Vocês nós deixam cheios de alegria, porque a presença de vocês nos diz que é uma igreja vida, que não vive de saudade, mas de memória e que quer construir uma cultura de paz; com a interseção de Nossa Senhora e de São João Paulo II, possamos dizer ‘eis-me aqui Senhor’.