Homenagens pelos vinte anos em memória de Dom Mário terminam com mensagem da família, inauguração do acervo e festa na Praça

A diocese de Paulo Afonso rendeu homenagens neste dias, 12 e 13 de novembro, ao bispo dom Mário Zanetta, que promoveu seu maior legado filantrópico e incursou na vida social, política e cultural do município, tornando-se a figura religiosa mais emblemática e importante de sua pequena trajetória de 60 anos, também comemorados este ano.

A diocese preparou seu acervo com fotografias, roupas e objetos e confeccionou um busto que fica na entrada do salão paroquial da Catedral Nossa Senhora de Fátima, ambos foram inaugurados depois da santa missa presidida por dom Guido e concelebrada pelos bispos amigos do italiano de Stefano di Borgomanero, que chegou às terras brasileiras no final dos anos 60: dom Itamar (bispo emérito de Feira de Santana), dom Ricardo (Janaúba-MG), dom Adriano Ciocca (Araguaia-MT), dom Gabriel (Floresta-PE).

Dom Itamar parabenizou os fiéis pela grande presença nas celebrações e lembrou que tanto ele como Mário, eram estrangeiros na Bahia. “Dom Guido me convidou para presidir essa homilia porque sabe que eu e dom Mário éramos grandes amigos, partilhávamos as alegrias e as mágoas; eu vim do Rio Grande do Sul e ele da Itália, e sem que conhecêssemos à Bahia, juntos como irmãos sempre partilhamos a nossa vida e o nosso trabalho, era muito difícil dom Mário passar por Feira de Santana e não parar para tomar um café ou jantar”, rememorou.

A bem-aventurada Irmã Dulce, influenciou dom Mário, disse dom Itamar “quantas vezes o nosso irmão encontrou-se com Irmã Dulce e com certeza ela foi a inspiradora de tudo aquilo que ele fez aqui, Paulo VI dizia “crer com as mãos, se não cremos com as mãos não vivemos a afirmativa de São Thiago ‘a fé sem obras é morta’ e dom Mário era homem de fé e acreditava com as mãos sempre presente em situações humanas e sociais, e como dizia Santa Madre Tereza de Calcutá ‘as mãos que se estendem para ajudar os que necessitam de apoio são mais santas que os lábios que rezam’, porque só a oração sem irmos ao encontro dos que sofrem não tem sentido; aqui nós já entendemos qual é  a missão do bispo e qual foi a de dom Mário.”

Dom Itamar concluiu a homilia citando São Paulo, “O bispo é um missionário incansável que anuncia a palavra de Deus, aí de mim se eu não anunciar o Evangelho, nos diz São Paulo, Mário foi um grande missionário e vocês que o conheceram melhor do que eu sabem dizer mais: simples, despojado, pobre, alegre e acolhedor, são atitudes em que aparecem o bom missionário e a melhor maneira de evangelizar é acolher bem as pessoas, e é difícil encontrar alguém que acolheu tanto as classes como fez dom Mário.”

Por fim, a cunhada de dom Mário, Fornara Angela falou em nome da família, lembrou a perda do bispo que “deixou um sofrimento muito grande, disse que o bispo Mário  era uma pessoa extraordinária, depois ela agradeceu a presença dos fiéis, dos padres e bispo que vieram celebrar a memória de dom Mário, a dom Guido ’em nome da família Zanetta’.

Na Praça da Catedral o repentista Zé Vicente do município de Santa Brígida, e os músicos da Fundame continuaram tocando.