Decreto libera estudos sobre a privatização de Unidades Básicas de Saúde do SUS

  Sexta, 30 de outubro de 2020
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Decreto libera estudos sobre a privatização de Unidades Básicas de Saúde do SUS

    Ministério da Economia diz que principal objetivo do projeto é encontrar solução para a 'quantidade significativa' de postos de saúde inconclusos ou fora de operação no país.

    Um decreto publicado nesta terça-feira (27) permite que o Ministério da Economia realize estudos para a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dentro do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI).

    O PPI é o programa do governo que trata de privatizações, em projetos que incluem desde ferrovias até empresas públicas.

    O texto do decreto 10.530, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes, afirma que a "política de fomento ao setor de atenção primária à saúde" está "qualificada" para participar do PPI.

    Segundo o decreto, os estudos sobre as UBS devem avaliar "alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios".

    Além disso, o decreto diz que a finalidade dos estudos será a "estruturação de projetos pilotos".

    Em nota, o Ministério da Economia afirma que o "principal ponto do projeto é encontrar soluções para a quantidade significativa de Unidades Básicas de Saúde inconclusas ou que não estão em operação no país".

    Além disso, a pasta diz que o PPI irá trabalhar com o Ministério da Saúde e o BNDES na definição de diretrizes e na seleção de "municípios ou consórcios públicos" interessados. "[...] Caberá ao PPI coordenar os esforços e auxiliar na interação com os demais agentes em busca da construção de modelos de negócios, mas a condução da política pública será realizada pelo Ministério da Saúde", afirma o Ministério da Economia.

    Entre outros pontos, o ministério foi questionado sobre qual o déficit em relação às UBS no país, se há alguma estimativa de economia com a privatização das unidades e quais as parcerias já mantidas pela pasta com o setor privado.

    A Secretaria-Geral da Presidência informou por meio de nota que o decreto não representa uma decisão prévia do governo federal quanto ao futuro das UBS.

    "O objetivo primordial do Decreto é tão somente permitir que sejam realizados ou contratados estudos multidisciplinares (econômico-financeiros, gerenciais, políticos, jurídicos e sociais) para alimentar o governo de dados e informações sobre a atual situação das UBS, eventuais opções existentes para a melhoria das UBS, possibilidade de parcerias com a iniciativa privada e, por fim, a viabilidade (ou inviabilidade) de aplicação concreta daquelas alternativas", afirma a Secretaria-Geral da residência.

    Presidente de conselho critica medida

    O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, disse que o o decreto será avaliado pela Câmara Técnica da Atenção Básica (CTAB), que deve emitir um parecer formal sobre o texto e tomar as devidas providências legais.

    "Precisamos fortalecer o SUS contra qualquer tipo de privatização e retirada de direitos", disse Pigatto em vídeo no canal do CNS no YouTube.

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