O polêmico plano britânico de infectar cobaias humanas com covid-19 para testar vacinas

  Quinta, 22 de outubro de 2020
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O polêmico plano britânico de infectar cobaias humanas com covid-19 para testar vacinas

    Infectar intencionalmente alguém com covid-19 representa dilema ético, especialmente porque não há tratamento para curar pacientes, embora existam alguns medicamentos ou abordagens capazes de torná-la menos mortal.

    O Reino Unido está correndo contra o tempo para ser o primeiro país a realizar estudos em que voluntários saudáveis são expostos de propósito à Covid-19.

    Os chamados estudos de desafio em humanos devem começar em janeiro e têm como objetivo acelerar as buscas para obter vacinas eficazes e seguras contra o novo coronavírus.

    O governo britânico pretende investir o equivalente a quase R$ 250 milhões nesta iniciativa, considerada bastante controversa.

    Especialistas do Imperial College de Londres envolvidos com o estudo afirmam que a segurança dos voluntários será a prioridade número um. Mas os planos ainda demandam aprovação de comitê de ética e aval dos órgãos reguladores antes de saírem do papel.

    O principal obstáculo é o risco à vida dos participantes do estudo, já que não há até agora nenhum tratamento capaz de evitar a morte de infectados pelo novo coronavírus — em geral, 1 a cada 100 infectados pela covid-19 morre, segundo estimativas.

    A vantagem desse tipo de estudo é que ele oferece uma maneira mais rápida de testar vacinas porque, diferentemente dos estudos tradicionais, não demanda esperar que as pessoas que receberam as vacinas em testes sejam expostas a uma doença naturalmente.

    Nesse estudo de desafio, os pesquisadores usariam primeiro doses controladas do vírus pandêmico para descobrir qual é a menor quantidade de vírus necessária para causar a infecção por covid-19 em voluntários com idade entre 18 e 30 anos.

    Essas cobaias humanas, que serão infectadas com o vírus pelo nariz e monitoradas 24 horas por dia, apresentam um menor risco de saúde por causa da idade e da ausência de doenças pré-existentes.

    Em seguida, os cientistas poderiam testar se uma vacina contra a covid-19 previne a infecção.

    O pesquisador-líder do projeto, Christopher Chiu, do Imperial College de Londres, disse: "Minha equipe tem conduzido com segurança estudos de desafio humano com outros vírus respiratórios por mais de dez anos. Nenhum estudo é totalmente isento de risco, mas os parceiros do Programa de Desafio Humano estarão trabalhando duro para garantir que os riscos sejam os mais baixos possíveis."

    Peter Openshaw, professor, também participante do estudo e diretor do Human Challenge Consortium, disse que infectar deliberadamente voluntários com um patógeno humano conhecido "nunca foi feito de forma leviana".

    "E esses estudos são extremamente informativos. É realmente vital que avancemos o mais rápido possível para obter vacinas e outros tratamentos eficazes para a covid-19."

    Existem centenas de vacinas contra a doença sendo desenvolvidas em todo o mundo, e várias concorrentes já estão nos estágios finais de teste, incluindo uma da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca.

    Embora algumas candidatas possam apresentar resultados e começar a serem usadas ​​antes que o estudo de desafio tenha começado, os pesquisadores dizem que a pesquisa ainda será útil, particularmente para comparar quais vacinas funcionam melhor.

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