Depois de ser diagnosticada com síndrome do ovário policístico e de sofrer dois abortos, a terapeuta ocupacional Fernanda Naiara Gans Kenski, de 34 anos, que mora em Curitiba, recebeu a notícia mais especial da vida dela: estava grávida de quadrigêmeos.
Ela e o marido, Gustavo de Carvalho Kenski, sempre sonharam em ter filhos, mas já estavam desanimados e preocupados após cinco anos de tentativas.
"Foi a sensação mais feliz que eu tive na vida porque foi um momento que era muito esperado por nós. Antes da última ecografia, nós não conseguimos nem dormir de tanta ansiedade. Mas depois que vimos que todos estavam bem e com saúde, ficamos muito mais aliviados", conta Gustavo.
A gravidez de Fernanda foi possível após um tratamento de indução de ovulação. "Nada é impossível nessa vida. Nós estamos tão felizes que é até difícil de explicar como está nosso coração neste momento. Foi realmente uma bênção de Deus", diz Fernanda.
Ricardo Beck, especialista em reprodução humana, explica que, quando qualquer tipo de tratamento é feito, a expectativa é de que seja uma gestação de apenas um bebê e sem riscos para a mãe.
Mas, segundo ele, em situações não muito comuns, existe a possibilidade de uma gestação múltipla, como aconteceu com a Fernanda. Casos como esse demandam mais cuidados, conforme o especialista.
"No caso da Fernanda, ela tinha uma dificuldade ovulação e isso é normal em cerca de 40% a 45% das mulheres que buscam algum tipo de tratamento. Foi então que nós decidimos aumentar a dose da Fernanda e monitorar através de ecografia", detalha o médico.
Ele conta que a gravidez foi uma surpresa para toda a equipe. "Apesar da preocupação com o risco e de prognóstico reservado, às vezes, a natureza conspira a nosso favor. Então, com a boa evolução do caso, nós teremos, provavelmente, um final muito feliz e inesquecível para toda a família", afirma.
Fernanda diz que quando optou pelo tratamento até esperava que viesse mais de um bebê, mas jamais imaginou que fossem quatro.
"Nós fizemos uma ecografia inicial, e a médica nos disse que seriam gêmeos. Mas como a gravidez ainda estava no início, depois de algumas semanas fizemos outra e até a médica ficou surpresa. Ela não parava de contar embriões dentro da minha barriga", brinca a mãe.
A notícia deixou Fernanda e Gustavo, que vivem juntos há 17 anos, maravilhados. "Nós tivemos um misto de emoções e estávamos com muito medo porque já temos um histórico de perdas por causa dos abortos. Demorou pra cair a ficha, mas agora sabemos que todos eles estão bem e que estão crescendo", conta.