EXCLUSIVO: Qual o verdadeiro motivo do crescimento do numero de casos de Covid-19 em Paulo Afonso?

Sexta, 03 de julho de 2020

Redação Site Pauloafonsotem |

EXCLUSIVO: Qual o verdadeiro motivo do crescimento do numero de casos de Covid-19 em Paulo Afonso?

O crescimento do numero de casos de Covid-19 em Paulo Afonso, BA, nada tem a ver com o Comércio local.

CONFIRA AS FOTOS QUE COMPROVAM ISSO NA GALERIA NO FINAL DA MATÉRIA

No dia 20 de março de 2020 os empresários de Paulo Afonso foram surpreendidos com uma notícia que impactou a todos : fechar o comércio a partir do dia 21/03, todos os seguimento considerados não essenciais, por 15 dias consecutivos, sem planejamento, tudo de repente!

Na ocasião não havia nem um caso de corona vírus em nosso município.

Em 16/03 o Lacen divulgou o resultado do exame do primeiro caso suspeito do COVID -19, da mulher de 23 anos, que deu NEGATIVO para a doença. Haviam outros três casos em investigação.

Logo em seguida, veio mais um fechamento, de 15 dias mais. Esses dois fechamento foram considerado pela maioria dos lojistas, uma medida duríssima, pois além de não poderem vender, também não podiam fazer recebimentos do seu crediário.

O 1º caso positivo de corona virus surgiu no dia 21 de abril, 1 mês após o primeiro fechamento do comércio por 15 dias.

De lá pra cá o comércio tem sofrido com os fechamentos e ainda teve o horário reduzido, apesar de estar obedecendo todas as normas e obedecendo as medidas de proteção indicadas pelo município em todos os decretos:

-um funcionário na porta colocando álcool gel nas mãos de todos que entram no estabelecimento

-funcionários e donos dos estabelecimentos usando máscaras

-clientes só podem entrar de máscara,

-1 pessoa a cada 20m2 de loja (esta ultima medida por si só já evita aglomeração no comércio).

Todas essas medidas estão sendo rigorosamente atendidas pelos lojistas, e o resultado foi que não se viu até o presente momento, aglomerações humanas dentro dos estabelecimentos comerciais.

Em contra partida, algumas instituições financeiras, principalmente as que concentram pagamentos de benefícios sociais, tem filas gigantescas, sem os mínimos cuidados para a distância necessária de ao menos 1,5 metro de distanciamento, e deixam a encargo dos usuários a organização destas filas. O resultado é as pessoas muito próximas e consecutivamente aumento de casos de coronavírus.

Observemos também festas que tem sido feitas, principalmente em povoados, mas não só lá. A operação Unus confirma isso.

Enquanto isso no comércio, com todos os cuidados tomados não foi registrado nenhum caso de trabalhador do comércio ou empresário contaminado com corona vírus nas atividades laborais.

Pois, infelizmente ocorreu trabalhadores comerciários contaminados sim. Porém, não pelo trabalho.

Não estamos diante disso dizendo que abra-se tudo desordenadamente ou feche-se tudo a qualquer custo, mas que o ideal seria observar quem vem fazendo tudo certinho, e não machucar mais essa categoria que já vem sofrendo há mais de 90 dias, com o horário de funcionamento reduzido, o que diminuiu as vendas, mas permanecem para pagar boletos, fornecedores e funcionários. Alguns ainda pagam aluguel.

Segundo um dos empresários mais antigos da cidade, o estrago deixado pelos fechamentos de março e abril, deixaram sequelas difíceis de ser superadas.

Uma grande quantidade de funcionários perderam seus empregos, estabelecimentos fechados ou prestes a fechar, empresas bastante endividadas e com atrasos junto a seus fornecedores.

Diante desse diagnóstico que a nossa redação apurou junto aos comerciantes da cidade, com mais um fechamento, os problemas que já não são poucos tendem a se agravar muito mais.

Mais um problema que o comércio vai começar a enfrentar a partir desse mês é que, os benefícios que o governo federal, havia dado para ajudar as empresas em suas folhas de pagamento, acabou.

A folha de pagamento do mês de julho, terá que ser integralmente paga pelas próprias empresas.

Segundo avaliação do grupo de empresários denominados LOJISTAS DE PAULO AFONSO, o fechamento ao que parece, seria a pior opção a ser adotada. Encontrar um meio onde a vida e a economia possam ser preservadas, é com certeza, uma decisão inteligente. O consenso deverá prevalecer, para o bem de todos.

Poderia se fazer uma ouvidoria, através da Ascopa, Sinpa e CDL, onde os empresários apresentassem sugestões, que pudessem substituir o lockdown.

No Brasil até a semana passada tinha fechado 513 mil empresas . O comércio de Paulo Afonso atende a cidade e toda 11ª região, bem como os Municípios fronteiriços, unidos estamos juntando forças para resgatar a economia da cidade quando tudo voltar ao normal.

O comércio não é inimigo da saúde da população, só quer o direito de gerar emprego e renda pra Paulo Afonso e continuar a acreditar em dias melhores. Cuidar da saúde trabalhando.

Para escrever essa matéria o Site Paulofonsotem observou por alguns dias o movimento na Avenida Getúlio Vargas, Rua São Francisco, Av. Landulfo Alves, Av Otaviano Leandro de Moraes e outras. Observamos também o movimento nas instituições financeiras. Observamos que no comércio não havia filas nem aglomerações, enquanto nas instituições financeiras tinha ambas as coisas.

Colhemos também informações da Ascopa, CDL, Sinpa, Grupo Lojistas de Paulo Afonso e empresários locais.