A primeira etapa do concurso aconteceu com uma votação que durou até o dia 25 de junho na internet. As candidatas com fotos mais curtidas e compartilhadas ganharam cinco pontos na disputa e vão à final nesta terça-feira (30), das 18h às 20h.
O júri que escolherá a vencedora é formado por artistas, líderes de movimentos sociais e influenciadores ligados às causas dos direitos da mulher.
Integração à sociedade
Lu Rufino, organizadora do evento, é uma cadeirante que milita há tempos pela inserção das mulheres cadeirantes na sociedade. Além de estar à frente do concurso, ela é porta-bandeira da escola de samba Embaixadores da Alegria, voltada para pessoas com deficiência, que desfila na Marquês de Sapucaí todos os anos.
Casada e mãe, Lu acredita que o objetivo de iniciativas como o concurso de beleza é mostrar as capacidades destas mulheres e evitar um olhar de pena que, muitas vezes, é dirigido a elas.
“Mostrar para a sociedade que independente de qualquer deficiência ou dificuldade, o ser humano não é limitado. Ele tem potencialidades e talentos. Este concurso é para dar oportunidade para mulheres com deficiência a se mostrarem seres sensuais, sexuais, afetivos e diminuir o preconceito”, disse.
Perfis variados
As participantes do concurso têm perfis variados. São advogadas, professoras, donas de casa, estudantes e profissionais de diversas áreas. Leia Salles já tinha experiência como modelo quando foi eleita a Miss Cadeirante de 2018. No ano passado, por sua experiência e dedicação, se tornou embaixadora do concurso.
Ela é casada, mãe de dois filhos e tem um cachorro. A embaixadora do evento diz que o concurso abre uma possibilidade para que as cadeirantes possam ser agentes da própria história como qualquer mulher.
“Meu papel é colocá-las para frente, e fazer com que elas se enxerguem. Não permitir que as pessoas venham a rotulá-las como coitadas e não aceitar nenhum tipo de preconceito”, afirmou.