Farmacêutica trabalha em versão inalável de antiviral em teste para Covid-19

  Quarta, 03 de junho de 2020
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Farmacêutica trabalha em versão inalável de antiviral em teste para Covid-19

    Em testes, remdesivir trouxe melhoras a pacientes com Covid-19, mas a Gilead e outras empresas estão procurando maneiras de fazê-lo funcionar melhor.

    A Gilead Sciences está desenvolvendo versões mais fáceis de administrar do tratamento antiviral remdesivir para a Covid-19 que podem ser usadas fora de hospitais, incluindo por meio de inalação, depois que os testes mostraram eficácia moderada do medicamento administrado por infusão.

    Em testes, o remdesivir trouxe melhoras a pacientes com Covid-19, mas a Gilead e outras empresas estão procurando maneiras de fazê-lo funcionar melhor.

    Para pacientes gravemente doentes, a Roche e a Eli Lilly estão testando drogas em combinação com o remdesivir.

    A Gilead também está tentando tratar o vírus mais cedo. Outros antivirais, como o comprimido de influenza Tamiflu, funcionam melhor quando administrados o mais cedo possível depois que alguém é infectado.

    A Gilead disse em comunicado na segunda-feira (1) que está buscando maneiras de usar o remdesivir mais cedo no curso da doença, inclusive por meio de formulações alternativas. A empresa confirmou em um email mandado à agência Reuters que está pesquisando uma versão por meio de inalação, mas não deu mais detalhes.

    Executivos da empresa, como o diretor médico Merdad Parsey e o vice-presidente financeiro Andrew Dickinson, vêm fazendo entrevistas com analistas de Wall Street nas últimas semanas para discutir os planos, que estão em estágios iniciais.

    Eles disseram que, a longo prazo, a empresa está explorando uma formulação de injeção subcutânea de remdesivir, bem como versões de pó seco a serem inaladas. O medicamento não pode ser administrado como pílula, pois possui uma composição química que se degradaria no fígado, e a formulação intravenosa é usada apenas em hospitais.

    A curto prazo, a Gilead está estudando como sua formulação intravenosa existente de remdesivir pode ser diluída para uso com um nebulizador.

    A ideia é que um nebulizador tornaria o remdesivir mais diretamente disponível para as vias aéreas superiores e o tecido pulmonar, já que o coronavírus é conhecido por atacar os pulmões. Também permitiria o tratamento precoce de pacientes com coronavírus que não são hospitalizados.

    "As pessoas esperam ansiosamente uma formulação para inalação a tempo", mas o desenvolvimento está nos estágios iniciais, disse Michael Yee, analista da Jefferies, acrescentando que a demanda pode ser limitada, pois muitas pessoas infectadas pelo vírus requerem tratamento mínimo.

    Ele disse que a Gilead está aumentando sua capacidade de fornecer remdesivir e começou a conversar com governos de todo o mundo sobre preços comerciais.

    Na segunda-feira, a Gilead relatou resultados de testes mostrando que o remdesivir intravenoso proporcionou um benefício modesto para pacientes hospitalizados com Covid-19 moderado em comparação ao tratamento padrão.

    Antiviral

    O remdesivir, desenvolvido pela farmacêutica Gilead, é um remédio experimental – não foi aprovado para tratar nenhuma doença até agora e não está disponível para compra no Brasil. O medicamento foi originalmente pensado para tratar hepatite, mas não funcionou; também foi testado para o ebola, sem resultados promissores, como reportou o jornal americano "The New York Times".

    Um primeiro estudo publicado em 22 de maio na revista científica "The New England Journal of Medicince" apontou que o medicamento melhora o tempo de recuperação de pacientes de Covid-19 hospitalizados e com infecção do trato respiratório inferior.

    Os dados continham uma análise preliminar de um ensaio clínico feito com 1.063 pacientes em 10 países (Estados Unidos, Dinamarca, Reino Unido, Grécia, Alemanha, Coreia do Sul, México, Espanha, Japão e Singapura). A pesquisa foi patrocinada pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos EUA.

    As pessoas foram divididas em dois grupos – cerca de metade delas recebeu o remdesivir e a outra metade recebeu um placebo. Os resultados apontam que, entre os que se recuperaram, aqueles que tomaram o remdesivir tiveram um tempo médio de recuperação de 11 dias, comparados com os 15 dias necessários para os que não receberam o tratamento.

     
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