35 detentos de três unidades prisionais de Goiás estão trabalhando na confecção de máscaras de proteção para servidores da saúde e policiais militares do estado para ajudar durante esse período de medidas de combate ao coronavírus. Segundo a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), a ideia surgiu da necessidade desse item de proteção e da falta dessas máscaras no mercado.
O gerente de Produção Agropecuária e Industrial da DGAP, Moacir Júnior, explicou que alguns desses presos possuem já cursos na área de costura, o que tem facilitado o processo de produção das máscaras. Segundo o profissional, o trabalho já é realizado nas unidades de Aparecida de Goiânia, Luziânia e Orizona. Contudo, presidiários de Itaberaí e Quirinópolis também devem começar a confecção nos próximos dias. "Até o fim dessa semana estaremos com 70 detentos trabalhando nesse processo, produzindo 1.500 máscaras por dia", frisou.
A Diretoria Geral de Administração Penitenciária tem fornecido a matéria-prima aos presos, mas também tem contado com a parceria de empresas conveniadas, que estão com o processo de produção suspenso por conta do decreto do governo estadual para evitar aglomerações. Essas empresas colaboram com a doação de material específico utilizado para a fabricação das máscaras e também elásticos. Moacir Júnior afirma que o trabalho de produção deve continuar até que diminua a necessidade das máscaras devido à pandemia da covid-19. O processo começou na última quarta-feira e todos os presos envolvidos serão beneficiados com a remissão da pena por tempo de trabalho, conforme indica a Lei de Execução Penitenciária.
Em Orizona, 16 detentos, que já atuam na confecção de uniformes, foram designados a produzir as máscaras. Segundo o prefeito Joaquim Augusto, foram solicitadas 10 mil unidades para atender a população.