Homens armados com facas roubaram centenas de pacotes de papel higiênico em Hong Kong, território que enfrenta a escassez de diversos produtos por causa do pânico em torno do novo coronavírus.
Segundo a polícia, o grupo de criminosos rendeu um entregador em frente a um supermercado em Mong Kok, distrito de Hong Kong onde atuam há anos gangues conhecidas como "tríades".
Os 600 rolos foram avaliados em quase R$ 1 mil. A polícia disse ter prendido dois homens suspeitos do crime e recuperado parte do papel higiênico roubado.
O avanço do surto — com mais de 70 mil casos na China continental e 57 em Hong Kong — fez com que muitas pessoas estocassem mantimentos e itens de necessidade básica. A prática levou a prateleiras vazias e aumento nos preços.
Surgem enormes filas a cada nova leva desses produtos nos mercados e nas farmácias, com pessoas na porta desde a madrugada.
Ainda que o governo de Hong Kong assegure que o abastecimento não foi afetado pelo surto de coronavírus, moradores têm enfrentado bastante dificuldade para encontrar (e estocar) produtos como máscaras, papéis higiênicos e álcool para higiene.
A corrida aos mercados também levou à escassez de alimentos como arroz e macarrão.
As autoridades locais atribuem o pânico a informações falsas que circulam em redes sociais. Até o momento, uma pessoa morreu em decorrência do coronavírus em Hong Kong.
Esse cenário de pânico e escassez de produtos tem sido visto em diversos lugares da Ásia, como Cingapura e Taiwan.
Em Taiwan, o governo afirmou ter detectado a circulação da informação falsa de que a produção de papel higiênico iria ser reduzida para priorizar a produção de máscaras.
Epicentro do novo coronavírus (rebatizado de Covid-19), a China tem adotado medidas cada vez mais restritivas para tentar conter o avanço do surto.
O governo disse a pelo menos 60 milhões de pessoas na província de Hubei, cuja capital (Wuhan) registrou os primeiros casos da doença em dezembro, que só deixem suas residências em situação de emergência.