No Recife, um festival organizado para pensar soluções para o futuro levou milhares de pessoas ao bairro histórico onde a cidade nasceu.
Uma ilha do conhecimento. Por todo bairro do Recife, mais de 300 atividades ocupam 18 prédios e dezenas de ruas para conectar as pessoas ao futuro, à inovação.
“A gente está cada vez mais evoluindo na tecnologia, e se as pessoas acabam não se ligando nisso, vão acabar se perdendo no mercado de trabalho principalmente”, diz o designer gráfico Fernando Cabral.
É tanta gente circulando durante quatro dias e tanta diversidade, que o festival passou a ser chamado de “Carnaval do Conhecimento”.
O difícil é escolher entre tantas palestras, oficinas, debates, shows. Muitas atividades acontecem ao mesmo tempo e de graça. Garante a vaga quem chegar primeiro. O tamanho do interesse do público é grande.
Quase 35 mil pessoas se inscreveram para participar e chegam bem antes das palestras mais concorridas. “Quase sete horas. Ontem eu perdi e hoje eu quero entrar”, conta o estudante William Araújo de Oliveira.
Mãe e filha esperavam juntas. “É um momento único. Eu não sei quando vai ter outra oportunidade”, diz a guia de turismo Elane Cristina Rodrigues.
Auditórios lotados! O jeito foi assistir pelo telão, do lado de fora.
Atrair os jovens e as mulheres para o mundo da tecnologia é o grande desafio para o setor, que não para de crescer.
“A gente também que atrair as meninas para esse mundo, que é muito masculino. Em um país de 12, 13 milhões de desempregados, a gente tem quase meio milhão de vagas em aberto e a gente não consegue preencher”, afirma Tânia Consentino, presidente da Microsoft Brasil.
Na feira também tem muita diversão: desfiles, jogos, música e até oficina de drone. Tudo isso para mostrar que o futuro está batendo na porta de cada um.
“Além de ser legal, trabalhar com tecnologia é bom, abre um grande mercado de trabalho e ele pode um futuro melhor”, diz Pierre Lucena, presidente da Porto Digital.