Em uma máquina, a molécula do princípio ativo passa por alta pressão e fica um bilhão de vezes menor.
Pesquisadores do interior de São Paulo desenvolveram uma tecnologia para reduzir o tamanho de comprimidos e facilitar a ingestão dos remédios.
Seu Hélio engasgou com um comprimido e foi parar no hospital. "Tomei com água, etc e tal e ele não descia, ficou parado aqui", conta o aposentado Hélio do Nascimento, de 79 anos.
O trabalho destes pesquisadores em parceria com a USP de Ribeirão Preto pode acabar com a dificuldade de pessoas, como o Seu Hélio, que não conseguem engolir comprimidos. Os farmacêuticos e médicos brasileiros desenvolveram a nanotecnologia para reduzir o tamanho de qualquer remédio. Em uma máquina, a molécula do princípio ativo - por exemplo, a vitamina C - passa por alta pressão e fica tão pequena que só dá para ver no microscópio. Aí pode ser misturada na água ou no suco. Não tem gosto, nem cheiro.
"Ele tem um tamanho de partícula bem pequenininho e nós conseguimos solubilizar ele na água e facilitar muito a ingestão por crianças, idosos e todos os tipos de pessoas que utilizam os nutrientes para prevenção de algum tipo de doença", explica o farmacêutico Gustavo Cadurim.
Cápsulas de ômega três, um óleo de peixe indicado para prevenção de doenças do coração e do cérebro, viram gotinhas. Isto vale para tudo, até para remédios injetáveis. Colírios podem ser borrifados sobre as pálpebras fechadas.