Em 2019, 'golpe do noivo' da ONU já rendeu 750 denúncias de brasileiras

  Segunda, 23 de setembro de 2019
  R7    |      
Em 2019, "golpe do noivo" da ONU já rendeu 750 denúncias de brasileiras

    De janeiro a agosto de 2019, o UNIC Rio de Janeiro (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil) recebeu aproximadamente 750 denúncias sobre criminosos que usam o nome da organização para obter informações bancárias e dinheiro de mulheres brasileiras.

    Foram cerca de 100 relatos por telefone e outros 650 por e-mail, segundo confirmou o próprio escritório da UNIC ao R7.

    Roberta Caldo, assessora de comunicação da UNIC no Rio, aponta que, geralmente, as brasileiras — das mais diversas idades e regiões do país — são contatadas pelos suspeitos por meio de serviços de bate-papo em redes sociais como Instagram e Facebook. Muitas vezes, acreditam estar em um relacionamento virtual.

    “Quando começa a conversa, já detectamos. A pessoa costuma dizer que tem um namorado americano que trabalha em uma base da ONU na Síria ou no Afeganistão e ele pediu uma remessa de dinheiro ou autorização para tirar férias”, explica Roberta.

    Dinheiro para férias

    Em linhas gerais, o criminoso fala que precisa dos dados pessoais das vítimas para justificar uma solicitação de férias à entidade — e, então, poderá conhecer a “parceira” pessoalmente.

    “Com cautela, informamos imediatamente a todas as mulheres que entram em contato conosco que a ONU nunca pede que terceiros solicitem férias, que esse procedimento não envolve recursos e que há pessoas mal intencionadas que usam o nome da organização para praticar golpes”, resume a assessora.

    Roberta conta que as mensagens enviadas pelos criminosos às brasileiras, quando não são escritas em inglês, apresentam um português pouco compreensível — o que indica que os suspeitos sejam estrangeiros usando um tradutor online.

     

    Sem perfil definido

    A entidade não traça um perfil das mensagens enviadas às brasileiras, mas a assessora não acredita que se trate de um grupo organizado — e sim de casos isolados de estelionatários. “Não há um 'modus operandi'. Eles estão em todas as redes e são relatos espalhados pelo Brasil”, completa.

    Infelizmente, há quem se deixe levar pela malícia dos golpistas. Roberta aponta que já houve um episódio em que a vítima transferiu R$ 30 mil para um suspeito.

    "Para que as pessoas se protejam, recomendamos que elas procurem uma delegacia de crimes virtuais para denunciar, ainda que seja difícil de punir e rastrear. Também temos um alerta contra fraudes constante no nosso site e nas nossas redes”.

    Denúncias ao Itamaraty

    Nos últimos anos, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também divulgou seguidos comunicados informando que recebe “numerosas queixas de cidadãs brasileiras vítimas de roubos, fraudes e violência cometidos por cônjuges estrangeiros que conheceram pela internet e com os quais tiveram pouco ou nenhum convívio presencial antes do casamento”.

    O órgão recomenda “às brasileiras e aos brasileiros especial cuidado com os relacionamentos virtuais mantidos com estrangeiros”.

    Ao R7, a pasta esclareceu que ainda não dispõe de estudo com os números das denúncias recebidas nos diferentes postos do Itamaraty no exterior.

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