Negociações buscam colocar Campinas como a 1ª do país a ter entregas de refeições por drone

  Segunda, 12 de agosto de 2019
  G1 GLOBO    |      
Negociações buscam colocar Campinas como a 1ª do país a ter entregas de refeições por drone

    Anac confirma reuniões com empresa para discutir aspectos regulatórios que visam segurança. Empresa afirma que planeja usar o novo modal a partir de setembro e busca autorizações.

     

    As discussões entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e uma empresa que desenvolve sistemas aéreos para entregas de cargas leves buscam colocar Campinas (SP) como a primeira cidade brasileira a ter delivery de alimentos por meio de drones.

    A companhia SMX Systems/ Speedbird Aero, que desenvolve drones, é parceira do iFood, grupo que planeja usar o novo modal a partir de setembro. A empresa de entregas espera reduzir o tempo de serviço, geralmente realizado entre 15 e 20 minutos, para dois minutos e meio, ou 150 segundos.

    A empresa do ramo de entregas diz que o parceiro no projeto de pesquisa trabalha para aprimorar os equipamentos, com objetivo de cumprir exigências dos órgãos regulares, e fará pedidos formais de autorizações necessárias para a Anac e ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

     

    Pioneira no serviço

    A Anac confirma que fez reuniões com a empresa a SMX Systems/ Speedbird Aero, responsável pelo desenvolvimento do produto, a fim de esclarecer aspectos regulatórios que visam segurança.

    Segundo a assessoria, a agência não recebeu dela ou de qualquer companhia um pedido formal para testes complexos (áreas habitadas, por exemplo), o que impede prazo certo para início das entregas. Além disso, completou que não há operações de serviços idênticos no Brasil.

    O Decea informou, por nota, que ainda não recebeu contato da empresa. Segundo site do departamento, o "uso irresponsável do espaço aéreo" pode infringir leis previstas no Código Penal, Código Civil, Código Brasileiro de Aeronáutica e Lei de Contravenções Penais.

     

    Como vai funcionar?

    De acordo com Gandolfo, são previstas "duas rotas na cidade". Uma dentro da área de um shopping, para levar pedidos da área dos restaurantes para uma central de distribuição, e outra para envio direto ao consumidor final.

    "A primeira aplicação, dentro do Shopping Iguatemi, vai permitir maior agilidade entre a saída do pedido até o entregador. O trajeto que leva de 8 a 12 minutos a pé, até a área externa do centro de compras, pode ser feita entre 30 segundos e um minuto pelo drone", explica.

    A segunda aplicação, cujo destino não é confirmado, inclui levar o pedido direto até a porta do cliente. Para esse tipo de entrega, há dois grandes empecilhos. Cada rota diferente precisa ser autorizada pelo Decea, e nem todo local serve para pouso da aeronave que, de acordo com o desenvolvedor, tem como ponto ideal para aterrissagem uma área com 5 metros de diâmetro.

     

    O equipamento

    O drone desenvolvido para as entregas de alimento é 100% nacional, conta com 1,4 metro de diâmetro, seis motores, dois aparelhos de GPS, funciona com tecnologia 4G e tem até paraquedas para situações de emergência.

    Segundo o desenvolvedor, a aeronave que será utilizada em Campinas é capaz de levar até 2 kg por viagem, e a caixa de transporte possui monitoramento da temperatura.

    Em "condições ideias", o drone tem autonomia de voo de 30 minutos, em velocidade que varia de 36 a 38 km/h, em um raio máximo de cinco quilômetros.

    Sobre as "condições ideais", Salomão lembra que, como qualquer aeronave, para o drone operar é necessário ter certas condições climáticas.

    "Chuva pode impactar e o equipamento teria dificuldade de voar com ventos acima de 50 km/h."

     

    Voo automatizado, mas monitorado

    O software para navegação e operação do drone também foi desenvolvido pela Speedbird e, segundo Salomão, realiza todo o voo de forma automatizada. Por uma questão de legislação, no entanto, é acompanhado por um operador, que pode intervir caso necessário.

    "Todo voo será automatizado, é pré-definido antes da decolagem. O acompanhamento existe porque não há, no mundo, autorização para voo autônomo."

     

    'Drone delivery' pelo mundo

    Outros países já estão mais avançados no transporte de comida via drones. Há testes em andamento nos EUA (Califórnia), China e Austrália, por exemplo.

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