Ministra da Agricultura defende mais agrotóxicos e tranquiliza consumidor

  Quarta, 07 de agosto de 2019
  G1 GLOBO    |      
Ministra da Agricultura defende mais agrotóxicos e tranquiliza consumidor

    A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reuniu a imprensa, nesta terça-feira (6), em uma tentativa de rebater críticas à política do governo sobre pesticidas agrícolas, os agrotóxicos. A ministra afirmou que o Brasil respeita todas as normas internacionais e disse que o consumidor pode ficar tranquilo.

    A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chamou a imprensa para defender as recentes medidas tomadas para regular o uso de agrotóxicos no país. Tereza Cristina afirmou que o governo observa todas as normas, estudos e referências internacionais para a liberação de agrotóxicos.

    Em 2019, o governo liberou o registro de 262 agrotóxicos: sete são novos, os demais são classificados como genéricos ou equivalentes. Cada um deles é aprovado pelo Ministério da Agricultura, Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ibama.

    Enquanto a ministra falava com jornalistas, três abaixo-assinados eram entregues à Câmara dos Deputados, com cerca de 160 mil assinaturas online contra a liberação de mais agrotóxicos. A entrega foi feita ao coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado federal Nilto Tatto, do PT de São Paulo. O objetivo é barrar uma possível retomada e aprovação de um projeto de lei que está pronto para ser votado na Câmara e que trata do registro, fiscalização e controle de pesticidas.

    O Ministério da Agricultura disse que o uso de agrotóxicos no país não é abusivo e mostrou dados de organismos internacionais como argumento.

    Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, na comparação por hectare plantado, o Brasil ocupou, em 2016, a 44ª posição. No ranking da Fao, o Brasil aparece com 4 quilos de defensivos por hectare em 2016. De acordo com a pesquisa, usou menos agrotóxicos que países como Holanda, Itália e Portugal na comparação por hectare.

    O Ministério da Agricultura disse que áreas de pasto não são consideradas para o cálculo. Quando o critério usado é por tonelada de alimento produzido, o Brasil ficou, em 2017, em 13º, atrás de países como o Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos e outros.

    Marcelo Morandi, engenheiro da Embrapa, apontou ainda que muitos agrotóxicos usados no Brasil são diferentes dos usados na Europa: "Nós temos aqui a possibilidade de clima, de ambiente, de umidade, temperatura, e plantas crescendo no campo, o ano inteiro. Então isso dá uma condição, de país tropical, de você ter uma quantidade maior de pragas acontecendo ao longo do tempo. E isso, então, faz com que a gente tenha a maior chance de ter epidemias de algumas pragas, de algumas doenças. Para isso, nós precisamos lançar mão de um manejo de pragas".

    Um representante da Anvisa, também presente no café da manhã, afirmou que, desde 2006, a agência baniu 12 substâncias usadas nos agrotóxicos por apresentarem alto grau de toxidade. “A Anvisa se debruçou e avaliou índices de toxicidade, avaliou limites que são capazes de dizer que o produto está seguro no mercado, sim, sem dúvida nenhuma. Então, a Anvisa tem total tranquilidade para dizer que o que está no Brasil tem índices seguros e que a população pode usar”, afirmou Renato Porto, diretor da Anvisa.

    A ministra Tereza Cristina também lembrou que uma lei de 1989 proíbe o registro de produto novo mais tóxico do que os já vendidos e usados na lavoura. Segundo técnicos do Ministério da Agricultura, essa lei garante que, de lá para cá, as doses de ingredientes ativos vêm sendo reduzidas porque os novos pesticidas são mais eficientes e menos tóxicos.

    A ministra também ressaltou que o Brasil usa mais agrotóxicos em valor absoluto porque tem duas, até três safras por ano em uma mesma área, o que eleva a quantidade do produto. Tereza Cristina disse que o governo prepara um decreto prevendo um treinamento de agricultores para o uso de agrotóxicos, e que o importante é não aterrorizar o consumidor e nem o comprador internacional.

    “O Brasil exporta para 162 países. Vocês acham que esses países, que são nossos grandes - temos grandes concorrentes aí no mercado -, que nós poderíamos estar exportando se não existissem esses controles na entrada dos nossos produtos nesses países? O Brasil não usa nada que não possa ser usado. Produtos em reavaliação são também feitos aqui, e o Brasil retira do mercado quando tem novos produtos bons para aquela cultura e que são menos tóxicos”, disse.

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