Dom Guido celebrou a santa missa da Catedral, nesta sexta-feira 26, e comentou dois fatos históricos: a Primeira Missa celebrada no Brasil, que completou 519 anos e o dia do índio, comemorado em 19 de abril.
O representante indígena, Antônio Monteiro [Pancararu] participou da missa que teve essa data pela ocasião da Semana Santa.
“É uma feliz coincidência justamente porque hoje faz 519 anos que a cruz de Cristo, que a ressurreição entrou na vida do Brasil. Nós sabemos que nada é fácil, sendo que os conflitos permanecem até hoje; quer por causa da terra, por diferenças culturais e até entre o mesmo povo indígena, então a presença dos cristãos é aquela que procura colocar Jesus Cristo como centro através do qual todas as culturas podem se reconhecer com seus valores fundamentais”, comentou o bispo.
Dom Guido falou das muitas comunidades indígenas que fazem parte da diocese de Paulo Afonso e que era importante que elas possam manter e em alguns casos recuperar suas respectivas identidades.
“As comunidades indígenas reconhecem que a presença de Cristo e da igreja não sufoca a cultura deles, mas purifica, e ao mesmo tempo destaque eles sejam reconhecidos como povo que deve ter uma justa relação onde não sobressaia questões políticas, mas a dignidade humana. Quando nós partimos de questões particulares, sem considerar o fator humano teremos sempre conflitos.”
Monteiro disse que cumpria a sua missão de expressar gratidão a Deus e aos antepassados durante a celebração da santa missa. “Ano passado foi na igreja matriz de Santo Antônio em Glória, nossos índios são privilegiados porque somos unidos em virtude de uma história real”, disse.