Começou a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a gripe.
Em muitas regiões brasileiras, quando as folhas começam a cair das árvores, pode saber: está aberta a temporada de doenças respiratórias. E aí é hora de tomar a vacina contra a gripe. Cristina coleciona as doses no cartão.
“Gripe é muito contagiante. Então, não tive mais problema nenhum”, contou a empregada doméstica Cristina das Dores Soares.
Gestantes e crianças menores de seis anos já estão recebendo a vacina desde o início de abril. Agora, também vão poder se vacinar os idosos, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, indígenas, professores, funcionários do sistema prisional, presos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e asma.
A nova etapa também passa a incluir integrantes das forças de segurança e salvamento.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar quase 60 milhões de pessoas em todo o país.
“Eu trabalho com pacientes com doenças. E também porque eu tenho baixa imunidade. Então, tenho que tomar mesmo”, disse a fisioterapeuta Geisiane Cristina da Silva
Para estar protegido sempre, é preciso se vacinar todos os anos. É que a composição da vacina contra a gripe muda de acordo com os vírus que estão circulando mais. Por isso, ela é diferente a cada ano. E não tem essa de que a vacina causa gripe, não.
“Ela não tem essa capacidade de causar a gripe por ser vírus inativado. O adoecimento após a vacina é porque, nesse período em que se toma vacina, existe a circulação de vários vírus e o organismo só vai estar protegido contra a influenza cerca de 15 a 20 dias após a pessoa ter recebido aquela dose”, explicou Lúcia Paixão, diretora de Promoção da Saúde e Vigilância do Epidêmico de Belo Horizonte.
Em Minas, em 20 anos a vacina da gripe ajudou a diminuir bastante o número de internações. De quase 120 mil casos por ano, esse número caiu para quase 70 mil, ao ano.
“Eu acho muito importante. Pelo menos para a minha idade, porque depois que comecei a tomar eu não gripo. Sinceramente, passo o ano tranquila, frio, calor. Acho que todo mundo devia tomar”, disse a dona de casa Tânia Mara Colares, de 68 anos.