A polícia do Rio vai intimar para prestar depoimento o dono da empresa que deixou 140 universitários sem a festa de formatura. Os convidados foram surpreendidos com o cancelamento quando chegaram ao evento.
Alunos de vários colégios e faculdades foram nesta segunda-feira (22) até a sede da empresa de eventos, no centro do Rio. Eram representantes de várias turmas, com formaturas marcadas até para 2020. No total, quase 400 formandos. Cada um pagou, em média, R$ 3.500.
Todos contam a mesma história: a empresa mudou de endereço e não avisou os clientes. E, desde a semana passada, os funcionários pararam de atender telefonemas e responder mensagens. Quem foi pessoalmente em busca de informações saiu cheio de dúvidas sobre um evento tão esperado.
A festa de Raquel Santana está marcada para a noite desta segunda-feira.
“Eu já chorei, já gritei, já fiz tudo. Eu estou muito cansada. É muito angustiante isso”, disse.
No sábado (20), 140 formandos foram pegos de surpresa. Chegaram com seus convidados, vestidos para uma noite de gala, e encontraram a casa de festas fechada.
"É uma pouca vergonha, falta de consideração”, afirmou uma formanda.
Eles não tiveram a consideração de falar que estava cancelado. Eles acabaram com um sonho, porque o dinheiro a gente pode ressarcir. Mas o nosso sonho? Foi embora”, disse outra formanda.
No salão, as mesas vazias. Sem comida, sem decoração nem música.
O dono da Aloha Formandos, Rodrigo Lopes Marques, não estava no escritório nesta segunda. Ele será intimido a prestar depoimento na delegacia que apura o caso.
Representantes da empresa ofereceram uma nova festa e o ressarcimento de parte do dinheiro. A proposta foi recusada.
“Esse vestido está carregando todo esse sonho que a Aloha destruiu. Por isso que eu trouxe. Eu queira que eles vissem. E eles viram”, afirmou Bruna Barbosa, formanda em psicologia
O Procon notificou a Aloha Formandos.
Nós tentamos conversar com Naiara Barcelos, sócia da empresa, mas ela saiu sem falar com os repórteres e com os clientes lesados.
JN: Qual a explicação que vocês têm a dar para essas pessoas que pagaram por essas festas?
“Frustração total porque a gente estuda muito, a gente passa madrugadas estudando. A festa é um sonho. É uma realização, na qual, infelizmente, a gente acredita que a empresa não tem mais condições de fazer”, disse a universitária Luciana Fonseca.