O Domingo de Ramos abriu a Semana Santa relembrando acontecimentos da vida de Jesus, que se doou totalmente para salvar a humanidade da escravidão, do pecado e da morte.
Em toda diocese de Paulo Afonso as paróquias fizeram procissões, também em suas comunidades rurais para lembrar, com esse primeiro ato, e depois ao longo da semana, que a vida venceu a morte.
O bispo dom Guido Zendron, celebrou de manhã numa comunidade da área rural da paróquia de São Francisco de Assis, e à noite, presidiu a segunda missa na Catedral de Nossa Senhora de Fátima.
Dom Guido destacou os momentos mais importantes da Paixão de Cristo, relacionando-o sempre à forma como hoje, cada um escolhe viver.
“O Evangelista Lucas coloca toda a história da Paixão numa noite. É a noite da vida, do sofrimento e da inquietação, mas ele nos diz ‘diante da noite escura da nossa vida Jesus passou e venceu. ”
Diante de uma narrativa tão espetacular, as coisas mais comezinhas podem passar desapercebidas, porém, o bispo contou como a vida daquelas pessoas se revelaram e lamentou que aquelas atitudes ainda determine o modo de vida hoje.
Homilia
“Que tristeza quando as pessoas se tornam amigas para derrubar os outros; muitas vezes até entre nós não temos unidade para favorecer o próximo. E poderíamos aqui lembrar toda experiência das políticas públicas. Às vezes os políticos se unem não para defender os mais pobres, mas os próprios interesses; então coisas que poderíamos fazer juntos positivamente se perdem, e ao mesmo tempo, nós, como a multidão, ficamos apenas cobrando, mas sem mover um dedo. Por isso a Paixão de Cristo para mim é um espelho, que reflete em qual lado estou na vida concreta, nem tanto no momento de oração, mas nas minhas escolhas e prioridades. ”
“Toda Paixão de Jesus resume a vida dele, uma vida doada para que cada um de nós possa viver, e ali na cruz não pensa em si mesmo “Pai perdoa, não sabem o que estão fazendo”.
Dom Guido finalizou pedindo aos fiéis que vivessem a Semana Santa com a consciência do bom ladrão, “cada um de nós merece um castigo, não temos nada para merecer totalmente o amor de Deus, e é por isso que esse grito deveria sair do nosso coração “Jesus lembra-te de mim!”, vamos viver assim na liturgia proposta pela igreja, com uma amizade profunda com Jesus.”