Após o retiro espiritual no Centro Diocesano de Glória, aconteceu nesta quinta-feira 11, a Missa crismal em que o bispo dom Guido concelebrou com os presbíteros de todas as paróquias da diocese de Paulo Afonso; abençoou os óleos que serão utilizados no decorrer do ano nos sacramentos do Batismo, da Crisma, Unção dos Enfermos e na Ordenação em todas as paróquias; o clero renova as promessas sacerdotais e de obediência ao bispo e, no conjunto do rito, tem-se a solenidade da Unidade.
Homilia
“Com Jesus o que era ordinário se tornou extraordinário”
“Os olhos estavam fixos em Jesus, porque aquilo que era extraordinário no Céu, se tornou ordinário na terra. É por isso que nós somos escolhidos, porque o que era ordinário, Deus que saia passeando com Adão e Eva, se tornou ordinário Jesus caminhando nas ruas e nos povoados, ao passo que as coisas ordinárias se tornaram extraordinárias – pensemos na falta de vinho num casamento; a falta de saúde – que infelizmente acontece-, a falta de pão…. Tudo isso a partir da presença de Jesus passou ao extraordinário. ”
Dom Guido disse que a missão do sacerdote, torna da mesma forma, extraordinária à vida de muitas pessoas e que os óleos consagrados é o divino que se torna humano, “é o divino que vem às nossas mãos e depois o bispo unge e até no gesto de oração comunica que essas mãos pertencem a Deus”, e acrescenta o bispo: “Quantos nos encontrando nos sacramentos, ou apenas com uma palavra, um gesto ou abraço, tornaram extraordinária também a sua vida.”
“Jesus usou as mãos humanas para santificar”
“Através da colaboração de vocês a igreja também santifica a vida cotidiana. Nós alimentados pelo pão eucarístico, alimentados pelos sacramentos, somos chamados com as nossas mãos a chegar na família levando tudo que é o Corpo de Cristo: a paciência, o acolhimento, o perdão… Somos chamados a levar ao trabalho aquilo que aqui nos celebramos; olhar para o próximo não como inimigo.”
“A renovação das promessas”
“Vamos renovar tendo presente o povo que nos é confiado, porque o sacerdote sem o povo não tem sentido e o povo sem o bispo e o padre não saberiam para quem olhar, nesse sentido a unidade entre nós é fundamental. A unidade significa reconhecer que casa um de nós tem o divino e é isto que deve prevalecer sobre o humano. É o divino que tem uma força que o humano não tem, por isso quando eu colaboro com a divisão, coloco de lado o divino, é uma luta contra o divino, eu o renego, porque a unidade não é uma questão organizativa, mas a vivência de Jesus com Deus-Pai; a unidade é o divino que entra dentro de nós neste mundo fragmentado, que por um nada se briga e se luta, nós somos o povo da paz, pessoas que carregam dentro de si, àquilo que Jesus manifestou na sinagoga de Nazaré, aquilo que com gestos simples faz um revolução que nenhuma regra, lei ou sistema econômico pode fazer, porque é Cristo que entra e salva o humano.”
Antes de terminar a solenidade, dom Guido pediu que o clero aplaudisse a assembleia pelo apoio que os fiéis dão aos padres incondicionalmente. Foi um momento muito bonito.