Em reunião que aconteceu nesta quarta-feira (13), no Auditório Edison Teixeira, representantes das secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde e Educação planejaram as ações a serem desenvolvidas na Busca Ativa Escolar, com vistas à conquista do Selo UNICEF Município Aprovado edição 2017/2020.
O Selo UNICEF - Município Aprovado é um reconhecimento internacional que o município pode conquistar pelo resultado dos seus esforços na melhoria da qualidade de vida de crianças e adolescentes. A partir de um diagnóstico e de dados levantados pelo UNICEF, os municípios que se inscrevem passam a conhecer melhor sua realidade e as políticas voltadas para infância e adolescência. Com dados concretos e participação popular, o município tem condições de rever suas políticas e repensar estratégias de forma a alcançar os objetivos buscados, que estão relacionados aos objetivos de desenvolvimento do milênio. O município de Paulo Afonso já foi certificado por três vezes e busca a quarta certificação.
Participaram do encontro, a articuladora do Selo UNICEF em Paulo Afonso, Ana Rúbia de Azevedo Santos; a mobilizadora do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA), Luciana Moura; a conselheira tutelar Kátia Hora, além de agentes comunitários de saúde e servidores das secretarias envolvidas nas atividades.
Sobre a exclusão escolar, principal assunto da pauta, os participantes discutiram as possíveis causas, como: adolescentes em conflito com a lei, violência doméstica e sexual e limitações físicas. “A partir da identificação do problema que impede a criança ou o adolescente de chegar à escola, a Secretaria de Educação, assim como outros órgãos responsáveis pelo assunto, devem ser comunicados, para que seja encontrada uma solução”, observa a conselheira tutelar, Kátia Hora.
Segundo dados do UNICEF, em Paulo Afonso, até o final de 2018, foram identificadas crianças na faixa etária de 4 a 5 anos ou adolescentes de 15 a 17, fora da escola por algum motivo. Para Luciana Moura, com a integração entre as secretarias e visitas aos bairros onde foram identificados os maiores índices, é possível reverter o quadro apontado pelo UNICEF.
“A série de atividades que nós iniciamos hoje pretende mobilizar os entes envolvidos, para juntos, discutirmos as causas, eliminar empecilhos e formar um conjunto de ideias, para que alcancemos o objetivo. A meta é diminuir em ao máximo o índice de crianças e adolescentes fora da escola em nosso município”, diz Luciana.
A mobilizadora, que também coordena o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), enfatiza a importância da participação dos agentes comunitários de saúde e dos adolescentes dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) na identificação das famílias onde há casos de exclusão escolar.