No oitavo dia de atentados no Ceará, bandidos detonaram explosivos em um viaduto por onde passa o metrô de Fortaleza. O turismo no estado sofre as consequências da onda de violência.
Hotel pertinho da praia, em plena alta temporada em Fortaleza. A quantidade de vagas disponíveis é bem maior do que de costume.
O sol, o calor e as belezas naturais do Ceará não têm sido suficientes para atrair os turistas em meio à onda de ataques. Hotéis e pousadas foram os primeiros a sentir. Por causa dos cancelamentos de reservas, estão com 15% a menos de ocupação do que em janeiro de 2018.
“Fiz uma pesquisa com alguns amigos aqui de Fortaleza e, após esse contato, que nós decidimos realmente vir. Disseram que era em alguns pontos que estavam acontecendo algumas manifestações, alguns ataques”, conta a turista do Rio de Janeiro Geovania Nascimento.
No meio da tarde, uma van de transporte escolar foi destruída em um incêndio criminoso. Mais cedo, um ônibus circulava por outro bairro quando dois homens obrigaram os passageiros a descer e atearam fogo. De madrugada, em outro ponto da cidade, quatro homens encapuzados também colocaram fogo em um ônibus quando ele parou no ponto final.
E, mais uma vez, os bandidos usaram explosivos para tentar destruir um viaduto. No terceiro atentado desse tipo, os bandidos abriram um buraco. O metrô que passa por cima só pode circular depois que técnicos garantiram a segurança da estrutura pela manhã.
No interior, em Forquilha, três homens pularam o muro do pátio de uma secretaria municipal, incendiaram um ônibus e cinco carros.
Uma denúncia anônima mostra como os banidos têm conseguido material inflamável para praticar os atentados. A polícia encontrou sete mil litros de combustível em um depósito clandestino em Fortaleza e, agora, tenta localizar os responsáveis. O governo diz que as prisões de suspeitos aumentam dia a dia.
Enquanto isso, quem já chegou a Fortaleza tenta apenas curtir o passeio.