Alzheimer: o começo do fim

Quarta, 14 de novembro de 2018 Exercicio fisicos

    Avanços recentes permitem entender melhor como as demências atacam o cérebro e abrem perspectivas empolgantes de prevenção e tratamento.

    Os habitantes da aldeia de Macondo sofriam com uma terrível maldição. Com o passar dos anos, simplesmente perdiam “o nome e a noção das coisas”. “Quando seu pai lhe comunicou o seu pavor por ter-se esquecido até dos fatos mais impressionantes de sua infância, Aureliano lhe explicou o seu método, e José Arcadio Buendía o pôs em prática para toda a casa e mais tarde o impôs a todo o povoado. Com um pincel cheio de tinta, marcou cada coisa com seu nome: mesa, cadeira, relógio, porta, parede, cama, panela”, escreve, num dos trechos da obra-prima Cem Anos de Solidão, o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014).
     
    É incrível pensar como esse livro, publicado em 1967, antecipa em cinco décadas um assunto que extrapolaria as barreiras da literatura e passaria a assombrar o mundo real: a doença de Alzheimer, o tipo de demência mais comum, afeta hoje 35,6 milhões de pessoas — 1,2 milhão delas no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse número vai subir para assustadores 65 milhões em 2030 e para 115 milhões em 2050.
     
    O cenário fica ainda mais dramático quando sabemos que nenhum novo remédio foi lançado para frear a perda cognitiva nos últimos 15 anos. É o maior fracasso da indústria farmacêutica: de 2000 a 2012, um total de 244 drogas foi avaliado. Apenas uma mostrou ação digna de nota. Em termos estatísticos, isso significa que 99,6% das tentativas falharam — até mesmo no combate ao câncer, a taxa de insucessos dos candidatos a fármacos fica em 81%.
     
    A mais recente grande esperança contra o Alzheimer foram medicamentos da classe dos anticorpos monoclonais. Eles até provaram ser capazes de retirar o excesso de beta-amiloide do cérebro, proteína que está relacionada à doença. Mas, infelizmente, esse efeito não resultou em ganhos de memória ou de raciocínio, ao menos nos pacientes em estágio avançado. Como seguir em frente? Antes de avançarmos na discussão, entenda abaixo o que acontece quando esse tipo de demência se instala na massa cinzenta:
     

    O que é o Alzheimer dentro do cérebro

    1. Tudo bagunçado

    Anos de dieta ruim, sedentarismo e pressão alta propiciam uma inflamação no corpo todo. Nisso, a massa cinzenta é bastante lesada.

    2. Juntou sujeira

    Um dos fenômenos do Alzheimer é o acúmulo da proteína beta-amiloide. Ela forma placas que destroem as conexões entre os neurônios.

    3. Em evolução

    Numa fase posterior, outra proteína, a TAU, dá início à formação de emaranhados dentro das células neurais. Isso também as leva ao colapso.

    4. Fábrica parada

    Na fase final, a produção do neurotransmissor acetilcolina é abalada. E essa substância é essencial para reter as memórias.

    5. O papel do DNA

    Defeitos nos genes APP, PSEN1 ou PSEN2 são culpados por 1% dos casos. Já mutações no APOE ou no TREM2 elevam o risco de Alzheimer.

     

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