O primeiro passo é analisar os registros da gestão anterior. É preciso ter em mãos todas as informações referentes aos pagamentos, valores e balancetes.
Confira:
É necessário verificar com o máximo de atenção os registros e atividades anteriores para garantir que elas não atrapalhem a sua gestão. Certifique-se de que tudo está resolvido e de que não existem pendências. Dessa forma, você evita surpresas desagradáveis referentes às gestões passadas.
O grande segredo de um controle financeiro bem feito é a transparência. Para isso, é fundamental que todos os processos de compra, pagamento e recebimento sejam devidamente registrados.
Mantenha um registro completo de tudo o que entrou e saiu mensalmente do caixa do condomínio, além de ter uma lista atualizada dos condôminos inadimplentes.
Isso ajudará não só a ter uma visão completa da atual situação do condomínio, como também a apresentar relatórios mais claros para os moradores.
Ter um bom planejamento financeiro é um dos passos mais interessantes para garantir a gestão das finanças do condomínio.
Existem, naturalmente, algumas despesas fixas, que são recorrentes e ocorrem todos os meses. Existem também despesas que são variáveis, como tarifas públicas.
Um outro ponto que precisa ser considerado é estar preparado financeiramente para alguns imprevistos, como manutenção de sistema de segurança, manutenção de elevadores, limpeza de reservatórios, recarga de extintores, compra de materiais de limpeza e muito mais.
Tudo isso precisa estar previsto no planejamento para que não existam surpresas financeiras que prejudiquem o caixa do condomínio.
Além das previsões, conforme dito no planejamento financeiro, também é interessante ter um fundo de reserva para o condomínio, estando preparado para despesas que surgem de forma inesperada.
Assim como na vida pessoal é indicada a poupança de uma parte do salário para emergências, no mundo da gestão de finanças do condomínio a lógica também se aplica.
É interessante ter um valor mensal determinado para ser reservado para demandas emergenciais, evitando assim taxas extras.
É comum que manutenções onerosas, como a pintura ou reforma da fachada, sejam distribuídas em taxas mensais entre os moradores do condomínio, mas pequenos imprevistos podem (e devem) ser resolvidos com um fundo de reserva.
É muito comum ter condôminos inadimplentes. O ideal, claro, é que esse número seja cada vez menor. Mas, infelizmente, ele é real e precisa ser considerado no planejamento financeiro do condomínio.
Não é possível ter uma noção certa de quantos condôminos vão atrasar o pagamento, mas se você mantiver um bom histórico de pagamentos e devedores, saberá quem são os inadimplentes crônicos e poderá considerar o valor referente à eles em seu controle das finanças.
Quando ocorrer dos inadimplentes acertarem as pendências, esse dinheiro que veio inesperadamente pode ser encaminhado para o fundo de reserva citado anteriormente, garantindo que o condomínio sempre tenha uma reserva para imprevistos.
No caso de condôminos que estão com muitas pendências e ainda sem previsão de resolvê-las, o ideal é tentar negociar ao invés de entrar com uma cobrança judicial, que tende a ser mais lenta. Se não houver sucesso na negociação, então é hora de resolver da forma prevista.
Ter uma rotina de reuniões para fazer a prestação de contas é fundamental. Esses encontros também podem ser aproveitados para tomar decisões que precisam do envolvimento e decisão de todos os condôminos.
Mesmo que você seja administrador, é preciso que as decisões sejam tomadas em conjunto, buscando encontrar o meio termo que será benéfico para todos os moradores.
Junto a isso, a necessidade e a prática da transparência, seja na apresentação dos relatórios financeiros, seja na tomada de decisão de questões referentes ao condomínio.
Para finalizar de forma legal, é fundamental que seja feita a ATA, documento onde deverão estar registradas todas as decisões e discussões realizadas naquele dia.
Além de organizar as finanças do condomínio, um outro passo muito importante é fazer uma gestão de gastos e reavaliá-los. Será que os gastos atuais do condomínio realmente valem a pena?
Será que é mais interessante reavaliar alguns investimentos para descobrir se eles fazem sentido e/ou se é possível encontrar uma opção financeiramente mais em conta?
Um outro ponto fundamental da gestão de finanças do condomínio é aproveitar a tecnologia a seu favor.
Hoje existem várias alternativas de aplicativos que ajudam a organizar reuniões, reservas, rotinas internas do condomínio e até a parte financeira, onde são mensurados os valores recebidos, previstos, pendências e gastos mês a mês.