Polícia do RJ investiga se anestesista preso por estuprar grávida violentou outras duas mulheres

  Terça, 12 de julho de 2022
  G1 Jornal Nacional    |      
Polícia do RJ investiga se anestesista preso por estuprar grávida violentou outras duas mulheres
    Vítima deu à luz no Hospital da Mulher, na Baixada Fluminense. Ela foi estuprada dentro do centro cirúrgico pelo médico anestesista. Foram técnicos de enfermagem e enfermeiras que gravaram um vídeo e avisaram a polícia.
     

    O estupro de uma parturiente no centro cirúrgico pelo médico anestesista provocou repulsa em todo o Brasil. O estuprador foi preso em flagrante, na região da Baixada, no estado do Rio, e está sendo investigado sob suspeita de ter violentado outras mulheres.

    Médico anestesista, 32 anos, cinco anos de carreira e agora presidiário. Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante neste domingo (10), ainda no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde tinha acabado de estuprar uma mulher em pleno parto. Ele pareceu surpreso quando a delegada anunciou a prisão.

    Delegada: Foi prisão em flagrante porque o senhor foi detido logo depois do fato, há um vídeo.
    Giovanni: Há um vídeo?
    Delegada: Há provas, há provas. Mãos para trás.

    Foram os técnicos de enfermagem e as enfermeiras que avisaram a polícia. Aquela já era a terceira cesariana que Giovanni fazia no domingo, e o comportamento do médico durante os partos já vinha chamando atenção dos funcionários há cerca de um mês.

    Primeiro, por causa da quantidade de sedativos que ele aplicava nas grávidas, deixando as mulheres totalmente inconscientes, e depois porque ele se isolava em uma área separada por um lençol, bem perto da cabeça da mulher, fazendo movimentos que todos estranhavam. As enfermeiras, então, decidiram gravar.

    O celular de uma delas registrou a cena aterrorizante: Giovanni Bezerra se aproxima e violenta a mulher. Ele está a poucos metros do restante da equipe. O abuso durou cerca de dez minutos.

    Os funcionários que fizeram o flagrante colocaram o celular dentro de um armário com porta de vidro, revestido de insulfilm. "Estava ali em cima, no cantinho. Encostado no monitor, em pé", contou enfermeira para a polícia.

    Bárbara Lomba, delegada: Você viu da outra vez ele o quê? Fazendo um movimento?
    Funcionária do hospital: Isso.

    Uma profissional afirmou que, para o espanto de todos, o que havia sido filmado eram cenas estarrecedoras, e que isso aconteceu após a retirada do bebê recém-nascido do ventre da mãe desacordada. Ela também disse que o anestesista arrumava o espaço de trabalho criando barreiras para impedir a visão de outras pessoas na sala, e que o médico sedava as pacientes além do normal.

    Segundo uma funcionária, as pacientes sequer conseguiam segurar seus bebês e quando as pacientes eram cuidadas por outros anestesistas jamais ficavam dessa maneira.

    A polícia intimou os médicos que fizeram o parto a prestar depoimento. Os investigadores querem saber se eles também estranharam a conduta do anestesista e o excesso de sedação dado à paciente.

    O anestesista também é investigado pelo estupro de outras duas grávidas que fizeram partos neste domingo no Hospital da Mulher.

    Na primeira cirurgia, uma das funcionárias notou atitude estranha de Giovanni, que, após a saída do acompanhante da paciente, usou um capote fazendo uma cabana que impedia que qualquer outra pessoa pudesse visualizar a paciente do pescoço para cima; que, na segunda cirurgia, Giovanni se posicionou de uma maneira que também impedia qualquer pessoa pudesse ver a paciente do pescoço para cima.

    Nesta segunda-feira (11) à tarde, outra vítima registrou queixa na delegacia em São João de Meriti: uma mulher de 23 anos que estava grávida de gêmeos e perdeu um dos filhos no parto, no início do mês. A mãe da vítima diz que Giovanni era o anestesista e que estranhou quando a filha voltou para o quarto muito sonolenta.

    O marido conta que não pôde acompanhar o parto porque Giovanni não deixou: “Mandou eu sair na metade, não tinha visto nem a criança e minha esposa já tinha dormido. Muita raiva, muita raiva. A gente está ali confiando nos médicos e acaba acontecendo uma coisa dessas.”

    Giovanni Bezerra foi indiciado por estupro de vulnerável e pode pegar de oito a 15 anos de prisão por ter se aproveitado de uma mulher que nada podia fazer para se defender.

    O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio, Clóvis Munhoz, disse que abriu um procedimento para suspensão imediata do médico.

    "O Cremerj recebeu essa denúncia com sentimento, evidentemente, de grande revolta. Não poderia ser diferente, de qualquer profissional médico que zele pela sua profissão, pela honradez da profissão. Tudo que puder ser feito, com o maior rigor possível, no menor tempo possível, pode ter certeza que será feito pelo Cremerj", garante.

    O médico, que gostava de se exibir nas redes sociais, em uma das postagens escreveu: “Vocês ainda vão ouvir falar de mim.”

    A revolta de uma das vítimas é pensar que estava sob os cuidados de um estuprador.

    O advogado que cuidava do caso desistiu da defesa de Giovanni Quintella Bezerra, e o Jornal Nacional não conseguiu contato com os novos.

    A Secretaria Estadual de Saúde do Rio repudiou a conduta do médico e afirmou que vai analisar todas as cirurgias em que ele atuou.

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