O presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, se apresentou à Polícia Federal. Mas não vai ficar preso.
O presidente nacional do PROS chegou à Polícia Federal às 7h30. Imagens feitas pela produtora da TV Globo, Ana Paula Andreolla, mostram quando ele aparece na recepção. Não quis falar e tentou esconder o rosto. O PROS compõe, com o PCdoB a coligação do candidato do PT, Fernando Haddad, à Presidência da República.
Eurípedes Júnior estava foragido desde quinta-feira (18), quando a Justiça Federal no Pará decretou a prisão temporária dele na Operação Partialis, que apura desvios na Prefeitura de Marabá, no Pará.
Segundo as investigações, Eurípedes Júnior teria simulado a compra de uma aeronave. Uma "mera simulação para dar ares de legalidade a aquisição do bem, após denúncias contra o ex-prefeito de Marabá João Salame, e o próprio PROS". Quando decretou a prisão, o juiz disse que em liberdade, Eurípedes e outros investigados poderiam tentar ocultar ou destruir provas.
O presidente do PROS se apresentou à polícia justamente no início do prazo em que a lei eleitoral limita as prisões. A lei determina que “nenhuma autoridade poderá a cinco dias da eleição e até 48 horas depois prender nenhum eleitor, a não ser que seja em flagrante”.
A defesa diz que a o mandado de prisão é desnecessário. “Todas as vezes que foi solicitada as informações com relação a essa compra da aeronave, que foi feita dentro de todos os ditames da legalidade, foi prestado voluntariamente. Então não há necessidade alguma de um período eleitoral, um presidente nacional de um partido ter uma prisão temporária decretada dessa forma”, diz o advogado Bruno Pena.
O nome do presidente do PROS já estava até na difusão vermelha da Interpol para que, caso fugisse, pudesse ser preso em outros países. Eurípedes Júnior saiu da Polícia Federal por volta do meio-dia. Ele pode circular normalmente, sem restrições, até pelo menos terça-feira. Eurípides não se comprometeu a se entregar depois que terminar o prazo da restrição prevista pela lei eleitoral.