O santo pobre, Padroeiro de Paulo Afonso, São Francisco de Assis, foi intensamente festejado nessas dez noites de festa realizada pela paróquia, culminando, nesta quinta-feira 04, com as tradicionais procissões pelo rio e em terra firme pelas ruas do centro da cidade.
Uma travessia espiritual que reviveu momentos importantes da vida de São Francisco, ressaltando sua entrega não apenas simbólica ou espiritual, mas sobretudo real, à pobreza e aos pobres, à fraternidade, à caridade, aos animais e à natureza.
Num tempo difícil para os pauloafonsinos, com mais 40 mil trabalhadores desempregados, percentual considerável da população que tem 120 mil habitantes; com os números sempre robustos de violência contra a mulher, o idoso e à criança; a novena criou um espaço de alento, de entrega e de solidariedade.
Inspirados pelo santo, alguns fiéis caminharam com os pés no chão e como foi irresistível ver os pequenininhos franciscanos, tudo junto grita para uma só direção: o desapego.
Diácono Paulinho.
O bispo dom Guido Zendron, presidiu a última celebração concelebrada pelos padres Ednaldo e Adriano, e falou mais sobre a humildade de São Francisco:
“A humildade é uma postura de vida, não é reconhecida por aqueles que são humildes, mas pelos outros, coincide em reconhecer a desproporção entre aquilo que nós somos e o amor de Deus, e à missão que Ele nos entregou. Por isso o humilde se coloca diante de Deus e ora e pede perdão.”
A violência é a resposta instintiva, segue o bispo “nós queremos dominar o outro, mas São Francisco mostra como foi escolhido por Deus para abraçar os leprosos; reconhecendo que o diferente tem valor infinito, porque o que determina o valor eterno de cada pessoa é que cada um de nós, desde que nasce até o último suspiro pertence a Deus, o infinito.”
Padre Adriano concelebrante da missa final da festa de São Francisco 2018.
A humildade é verdadeira quando se transforma em caridade, Dom Guido lembra Dom Mário: “A caridade não é uma questão de dinheiro, Deus é caridade porque se faz pequeno, porque se deixa pregar na cruz, para Jesus todos temos valor, especialmente aqueles que a sociedade despreza; e o lema de dom Mário era: cremos na caridade, nós lembramos de Dom Mário no passado e não conseguimos deixar o seu legado promover a nossa vida, com os seus ensinamentos, como pessoas que levam a sério a fé também na dimensão da caridade, vamos nos ajudar nas obras que ele deixou, cada um de nós fazendo a sua parte.”
No dia 13 de novembro, fará 20 anos da morte de dom Mário.
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