Em vigor há dois meses, lei que proíbe canudinho não pegou

  Sexta, 21 de setembro de 2018
  Jornal Nacional    |      
Em vigor há dois meses, lei que proíbe canudinho  não pegou

    Rio de Janeiro é a primeira capital a proibir canudos de plástico. Mas Vigilância Sanitária vistoriou cinco mil estabelecimentos e nenhum conseguiu cumprir a lei.
    A lei que tornou o Rio de Janeiro a primeira capital estadual brasileira a proibir canudos de plástico ainda não pegou, e já se passaram dois meses.

    São dois meses de fiscalização nas ruas para cumprir a lei. O Rio de Janeiro proibiu canudos plásticos descartáveis. Só é permitido canudo de papel reciclável ou biodegradável e com envoltório feito do mesmo material.

    A vigilância sanitária vistoriou até o momento mais de cinco mil estabelecimentos na cidade e nenhum conseguiu cumprir a lei. Os comerciantes alegam que não estão encontrando os canudos de papel nos termos exigidos pela legislação. Os fiscais responsabilizam a indústria do plástico pelo atraso.

    Desde que a lei foi aprovada, um novo gênero de canudo invadiu o mercado. Chama-se oxibiodegradável: um aditivo é misturado ao plástico convencional para acelerar a degradação do material.

    “A indústria tentou se adaptar de uma forma que não cabe nesta lei. Nós não vamos aceitar, não adianta inserir um aditivo para que essa degradação seja rápida, porque a nossa exigência será o canudo de papel”, explica Márcia Rolim, subsecretária da Vigilância Sanitária do Rio.

    Oxibiodegradável é o tipo de canudo que mais se vê na cidade.

    “Você pode ver em qualquer comércio aqui: ninguém está trabalhando com canudo de papel, porque não tem, não tem ainda para poder fornecer”, diz a gerente de lanchonete Érica Lemos.

    “O que eu encontrei foi mais esse, biodegradável, tem o aditivo, eu falei: ‘deve ser esse’. Eu achei que atingia menos a natureza, mas pelo visto não é tanto assim”, contou o também gerente de lanchonete Daniel Franco.

    Fernanda Reinhardt, pesquisadora de oceanografia da Uerj, afirma que o plástico oxibiodegradável se transforma na verdade em microplástico. Segundo ela, o material não se degrada totalmente.

    “Não é uma solução. Eu acredito, inclusive, que essa questão de tirar do visível e levar para o mundo invisível faz com que a gente se esqueça das nossas ações. É ainda pior. É um processo a mais que fizeram na indústria e que vai deixar mais um rejeito nos oceanos, no aterro, ou onde for parar”, explicou.
    A Associação Brasileira da Indústria do Plástico declarou que defende o cumprimento da legislação e que informou os associados sobre as exigências da lei.

    A Indústria Brasileira de Árvores, que reúne a cadeia produtiva da madeira para fins industriais, declarou que não comenta questões que envolvem concorrências, mas que recebeu diversas consultas de empresários interessados em abastecer o mercado com canudos de papel.

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