Este sábado (18) foi dia D de vacinação em todo o país contra sarampo e poliomielite. Apesar dos esforços, apenas 40% das crianças, com idade entre um e cinco anos, foram vacinadas até agora, segundo o Ministério da Saúde. A baixa adesão é preocupante, especialmente depois da volta de casos de sarampo no país.
Super-heróis ajudaram na vacinação em Manaus. A cidade enfrenta um surto de sarampo. Toda criança que tenha de um ano a até menos de cinco anos de idade tem que tomar as vacinas, mesmo que já tenha recebido as duas doses. Mas, na média do país, a procura por imunização está muito abaixo do esperado.
Vários postos de saúde de Salvador ficaram quase vazios e, em Belo Horizonte, mesmo com brincadeiras para atrair a criançada, o movimento foi pequeno.
A expectativa do Governo é vacinar em todo o país cerca de 11 milhões de crianças na faixa etária da campanha, que começou em seis de agosto. Mas até a manhã deste sábado (18), apenas 30% delas tinham recebido as doses. A tentativa durante todo o dia foi de, pelo menos, dobrar essa cobertura.
Além de imunizar a criança, a campanha de vacinação é fundamental para proteger toda a sociedade, erradicando doenças. A baixa cobertura vacinal pode facilitar o ressurgimento de algumas delas. É o caso do sarampo.
Há menos de dois anos, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde um certificado de eliminação da doença e agora ela voltou a preocupar – 1.237 casos foram confirmados, desde fevereiro, e outros 5.731 estão sendo investigados. Seis pessoas morreram.
Os números são associados à queda da vacinação. Em 2017, o Brasil teve o mais baixo índice de vacinação de crianças em mais de 16 anos. “Com o surto que estamos vendo no Norte do país, principalmente em Roraima e Amazonas, a preocupação de as pessoas contaminadas estarem em outros lugares do país. Nós estamos reforçando a campanha e fazendo um apelo à população, aos pais, às empresas para que nós possamos ter uma massificação acima de 95% da vacinação dessas crianças de um a cinco anos de idade”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Em Palmas, Tocantins, as famílias entenderam o recado. Tinha gente até do lado de fora de um posto na Zona Sul. Fila também em Cuiabá.
Quem perdeu a vacinação neste sábado tem até o dia 31 de agosto. O importante é não deixar de vacinar os filhos. “O que a gente puder fazer para prevenir tem que ser feito. Temos que tentar de todas as formas fazer o nosso papel de pai”, disse um pai com o filho no colo em Aracaju.