Encontro internacional debate formas de melhorar serviços públicos

Como a tecnologia pode fazer governos mais eficientes, que gastem menos, reduzam a burocracia e facilitem a vida dos cidadãos?

Em busca de respostas, 400 participantes de dez países. Em um painel, o bom exemplo da Estônia, que integrava a extinta União Soviética. O jornalista Toomas Hendrik Ilves, que estudou programação de computadores e foi presidente do país, conta que lá, em menos de 20 anos, foi implantado um governo totalmente online. Ou quase.

“Você não precisa ir a nenhuma repartição do governo. A não ser em três casos: para se casar, se divorciar ou vender um imóvel’, explica o ex-presidente da Estônia.

Segundo levantamento do Banco Mundial, a ineficiência no poder público faz com que o brasileiro gaste, em média, 88 dias, ou quase três meses por ano, só para lidar com burocracia. Aí está um desafio para os governantes. Na terça-feira (7), segundo dia do evento, vários candidatos à Presidência da República já confirmaram presença. Deverão apresentar propostas de inovação para os próximos quatro anos.

Ideias novas existem, mas a implantação nem sempre é fácil. Quem trabalha com jovens empresas inovadoras, as chamadas startups, diz que elas muitas vezes esbarram nas más condições de equipamentos públicos como escolas e postos de saúde.

“Tem um desafio muito grande com a estrutura, com a banda larga, então, eles tiveram que adaptar soluções para atender a realidade do setor público”, conta Letícia Piccolotto Ferreira, presidente executiva da Fundação Brava e fundadora do Brazillab.